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Biologia molecular - parte 2

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Olá pessoal, tudo bem com vocês?


No último post nós abordamos um pouco sobre DNA e RNA, os ácidos nucleicos. Hoje falaremos das proteínas.


Pois bem, o DNA e o RNA são essenciais para que as proteínas ribossomais sejam sintetizadas pelas células.





Nós aprendemos que o DNA é um polímero constituído por monômeros que se organizam em uma dupla hélice, esse material genético contém todas as nossas informações como se fosse um grande livro de receitas, lá terá toda a informação essencial que quando copiada em forma do RNA mensageiro (RNAm) poderá ser traduzido em proteína.


Esses termos são bem simples de serem entendidos, a linguagem ou código do DNA e RNA são praticamente os mesmos, lembra?


Adenina, Timina, Guanina e Citosina para DNA

Adenina Uracila, Guanina e Citosina para RNA


Então, quando um DNA – ATTCGCGCTAGATTTAGATAGAT for copiado

em RNAm, teremos UAAGCGCGAUCUAAAUCUAUCUA



Ambos nesse caso, apesar de ter a alteração de uma base nitrogenada, são nucleotídeos!!

Por isso que se usa o nome de Transcrição de RNA, nada mais é do que uma cópia da molécula de DNA em uma de RNA que levará a mensagem – RNAm – para o ribossomo que fará a tradução – esse nome se dá porque agora mudaremos o código/linguagem, passamos de nucleotídeos para aminoácidos.





A cada 3 nucleotídeos – códon – teremos um aminoácido correspondente.





Vamos falar sobre aminoácidos e proteínas para voltamos para a tradução??


Proteínas


As proteínas são polímeros formados por monômeros – os aminoácidos. As proteínas são importantes devido a sua diversidade de funções, podem ser: estruturais, enzimáticas, podem dar a cor (melanina), são anticorpos, interleucinas, carregam o oxigênio.. enfim, poderíamos passar aqui um bom tempo falando apenas da diversidade desse grupo.


Os aminoácidos (estrutura abaixo) se unem por ligações peptídicas e formam o polímero – podendo ser peptídeos ou proteínas. Sua massa total irá indicar qual dos dois é, no entanto, sabe-se que as proteínas são maiores que os peptídeos.






Nessa imagem abaixo nós temos os 20 aminoácidos separados em 5 grupos. Além dessa classificação nós podemos ter as essenciais (que o nosso corpo não produz) e as não essenciais (que o nosso corpo produz).





Sem as proteínas nosso corpo para de funcionar. É necessário prezar por uma alimentação balanceada contendo todos os aminoácidos essenciais para que todas as reações químicas e fisiológicas aconteçam.


As proteínas possuem 4 estruturas:


Primária – nada mais é do que a sequência de aminoácidos que a constituem;





Secundária – essa sequencia primária começa a se dobrar e aminoácidos distantes passam a interagir, lembrando que apenas há interação entre os grupos carboxílicos e aminos, através de pontes de hidrogênio formando basicamente 3 estruturas – alfa hélice, beta pregueada e zonas irregulares;





Terciária – nessa estrutura, teremos a interações moleculares entre as cadeias laterais, podendo ser: pontes de hidrogênio, van der walls, hidrofóbicas.. ocorre também entre aminoácidos distantes. Para muitas proteínas essa é o ultimo dobramento necessário para que possa exercer sua função. Para outras não..





Quaternária – nessa estrutura é quando uma proteína para ser funcional necessita de uma subunidade, ou seja, outras proteínas já na sua estrutura terciária unidas.





A relação entre essa conformação tridimensional da proteína e sua função estão intimamente ligadas. Esses dobramentos no interior das células terão o auxílio de outras proteínas, chaperonas e chaperoninas que irão fornecer um ambiente propício para o dobramento correto, pois sem o mesmo a proteínas será eliminada.


Chaperonas


As chaperonas são moléculas importantes na proteção contra o enovelamento incorreto das proteínas.





O enovelamento é a obtenção da conformação espacial específica de uma proteína e interfere na maneira como a mesma atua no corpo e se associa a outras proteínas.


Se esse processo acontece de forma errada, as consequências podem ser o surgimento de agregados, os quais estão associados a diversas doenças, como Parkinson e mesmo câncer, no caso dos humanos.


A função das chaperonas é justamente auxiliar as proteínas no processo de enovelamento, garantindo que elas alcancem a estrutura espacial correta (TIROLI-CEPEDA et al., 2018).


Pois bem, já sabemos o básico sobre as proteínas, vamos voltar para o processo que as mesmas são formadas??


Tradução


A tradução, como explicamos acima é um processo no qual haverá a leitura da mensagem contida na molécula de RNAm pelos ribossomos, decodificando a linguagem de ácido nucleico para a linguagem de proteína.


Nesse processo teremos a participação de outros RNAs –


Teremos o RNA ribossômico - RNAr que dará origem aos ribossomos (imagem abaixo).





E teremos o RNA transportador – RNAt que irá transportar até os ribossomos o aminoácido correspondente (imagem abaixo).





Então, vamos lá, quando a molécula de RNAm é transcrita nos eucariotos ela migrará para o citoplasma e quando necessário irá se acoplar ao ribossomo, o qual é constituído por duas partes.


À medida que os códons forem lidos o RNAt trará o aminoácido correspondente que serão adicionados por ligações peptídicas um a um até que todo o RNAm seja lido e traduzido.





Conclusão


Vale ressaltar que esse processo vai ocorrer de maneira individual a cada célula ou tecido e será mediante a sua necessidade. É um processo constante que leva gastos de energia.


Aqui nesse texto buscamos simplificá-lo ao máximo, mas são processos complexos com diversos detalhes que realmente não estão presentes aqui, para tornar a leitura mais simples e leve.


Espero que vocês tenham gostado de aprender um pouquinho mais sobre as proteínas, finalizando assim, parte do dogma central da vida.


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